terça-feira, 24 de agosto de 2010

No rasto do teu trilho


Caminha silencioso teu olhar
sobre a pele que me escreve;
incógnita passagem
de vestígios indecifráveis…
lágrimas que não molham,
sorrisos de gargalhadas mudas,
nós de garganta deslaçados,
punhos que se desapertam
na arritmia dum coração
cerrado na muralha da descrição.


Só a madrugada me confessa
que a acordas, na ansiedade
de folhear as páginas
dessa pele onde me escreverei…

Sem comentários: