Adivinho-me
neste corpo onde entorpeço
mas esqueço
que conheço,
para me sentir barco
em busca de porto por violar
sedento dum afago
que no desejo trago
e estendo num abraço,
na tribuna dum olhar,
no sótão dum pensamento
ou simplesmente na rede
das palavras que te leio
descobrindo que me ofereces
o corpo em que te esqueces
quando no meu adormeces.
neste corpo onde entorpeço
mas esqueço
que conheço,
para me sentir barco
em busca de porto por violar
sedento dum afago
que no desejo trago
e estendo num abraço,
na tribuna dum olhar,
no sótão dum pensamento
ou simplesmente na rede
das palavras que te leio
descobrindo que me ofereces
o corpo em que te esqueces
quando no meu adormeces.
1 comentário:
Vive num mundo sem paixão? Tantos de nós que assim vivem. Para mim tem sido um processo em tudo semelhante ao que caracteriza o ateísmo sistematizado: um processo através do qual procuro eliminar da minha mente e da minha vida o que dizem ser a paixão por outro ser humano. Não sou única nem tão pouco original. Este mundo começou com Hegel, passa por Nietzsche e chega a Marx. E eis-nos no existencialismo ateu tão bem representado por Sartre. E aqui estou eu a lê-lo a si e a sentir nas suas palavras a mágoa que sente pela ausência de um amor? De um amor não correspondido? Ou, nem mesmo o Caminheiro sabe porque sente mágoa? Tente o existencialismo ateu! Num outro comentário recomendei-lhe o valium. Hoje recomendo-lhe o existencialismo! É tão bom dar palpites na vida dos outros... :-)
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