sábado, 10 de julho de 2010

Não me reconheças


Caminha em busca daquele endereço
onde o verso se escreve sem poema.
Canta aquela melodia que te derrete o peito
como o pássaro desperto pelo alvorecer.
Bebe um trago de tempo
como a sede que te acorda a incerteza
de te concederem o prazo ansiado.
Deita-te no dia adormecido
cobrindo-te com o corpo que te atiça o desejo.
Não regresses!
Não permaneças!
Vai, de mão entrelaçada na minha…
Não saibas ser eu que te acompanho!
... mas antes aquele ser que não te pertence
e que, por isso mesmo, cobiças!

1 comentário:

Azul disse...

Procurei nos seus escritos algo que sentisse traduzir o que sinto hoje, agora.
Escolhi este.