Tiras-me a sede
dos lábios
quando a fresta se perde
na porta por fechar
e só as nuvens perduram
no céu por anilar.
quando a fresta se perde
na porta por fechar
e só as nuvens perduram
no céu por anilar.
Afugentas-me o
brilho do olhar
quando a melodia se cala
no dia por terminar
e só a indefinição permanece
no tempo por preencher.
quando a melodia se cala
no dia por terminar
e só a indefinição permanece
no tempo por preencher.
Extingues-me o sorriso da pele
quando o vazio alaga
o eu em que me ofereço
e a esperança se desilude
num inconsequente adiar.
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