quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alforria


Concedes-me alforria
e eu parto no primeiro galeão
sem timoneiro, nem destino.
Parto para a liberdade de ficar preso
a uma imensidão onde não me encontro
,
procuro o significado dos silêncios
em excertos de sombras que não desvendo.

Sopram ventos, formam-se tempestades,
raiam bonanças em céus aventurados.
Desfraldam-se olhares, despem-se palavras,
mas por mais paisagens que invente
é na areia conquistada da tua ilha
que a minha emancipação irá naufragar.

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