sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Epílogo duma chegada em espera

© CM

Subi, pelas escadas do desejo,
ao trono do teu reino,
a noite reverberava-se na água
em manchas noctívagas
embriagadas de luz,
a monumentalidade da história
transpirava nas linhas das mãos
onde os dedos reaviam morada,
soltavam-se das paredes em espera
silêncios de vontade adiada,
a melodia agradecia à vida
o tanto que as sombras
declamam no saciar da chama
e o amor tornou-se soberano
num jogo onde os corpos
derreteram a distância…

1 comentário:

Mariana disse...

Aqui me confesso.
Também nós, os que gostamos de estar sós, gostamos de saber que não estamos sós. Gostamos que saber que alguém nos espera.