segunda-feira, 13 de setembro de 2010

No Outono da paixão


Quando a paixão se despedir
e nos despir este manto de bem-querer,
olhemos
o Outono,
a vindima,
a ceifa
e do outro lado da manhã
semeemos
a Primavera,
o vinhedo,
a seara,
enchamos de mosto
os nossos pés em lama,
do vinho azedado sem gosto
espremamos palavras de quem ama
e cubramo-nos,
no outeiro duma canção,
com a poeira dos poemas
escritos por nossas mãos.

1 comentário:

Andréya Rosa disse...

que belo poema... parabéns...