quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Farol *



Perco-me no caminho
onde meus passos se encontram
num rumo sem destino.
Na orla da manhã
delimitam-me bermas
segurando as pegadas
que embebo em direcção ao mar.
Teu coração é meu farol
troando a cada vacilar
entre a melancolia e a confiança.

Do outro lado há essa imensidão
horizonte do teu sonhar
onde reina o teu olhar.
Em cada vaga que se ergue
suspendes a emoção
fundeada nos braços
presos à margem.
São teu farol
as palavras arremessadas
no vento indomável
que me exaure o peito.

'No fim da estrada'
há o oceano
e entre nós
um farol
que ritma os pensamentos
em chegadas a um cais,
perdidos nas marés
e atracados no regresso
de cada beijo.




* a partir da imagem No fim da estrada, de Sonja Valentina

3 comentários:

Marta disse...

agora sim. novamente. e mais uma vez.

parabéns aos autores.

Paula Raposo disse...

A imaginação do Poeta não tem limites!

Unknown disse...

Curioso :)
tenha um absoluto fascinio por.. farois! E andei há uns tempos a procurar farois :)
Obrigada Sonja.