quinta-feira, 1 de julho de 2010

Inexistência


Flutuam trechos de ausência
neste ecrã que se enche
com o vazio da tua distância.

Grande metragem sem intérprete,
invisibilidade incompreendida
ou partida antecipada.

Espelho sem imagem,
poema sem verso,
amar sem amanhã.

Folha escrita sem musa,
areal despido de pegadas
numa maré que não chega.

Vou apagar o dia
em que sem anúncio te apartaste
e só em memórias sobraste.


2 comentários:

pin gente disse...

porque sobram tanto tantas memórias?

um abraço

Ana disse...

"Quando a gente ama ... simplesmente ama"

Nem a ausência, nem a distância, apagam as memórias!
Um beijo.