© yd84
CONFESSO: sou
dependente. Não da cafeína, da nicotina, da cocaína, nem de outras substâncias
afins. Não as consumo, nunca o fiz! Não recorro a estimulantes,
anti-depressivos, estupefacientes ou ervas narcóticas para ‘auxiliar’ o meu
estado de espírito. Nunca os experimentei. Não quero que mandem em mim. Quero
ser EU sóbrio na minha fragilidade, ou alegria, ou tristeza, ou prazer, ou
depressão, ou força, ou solidez, conforme a natureza daquilo com que me cruzo e
do que me proporciona. Mas assumo: sou dependente! … do sucesso, do
reconhecimento, da fuga ao vazio, do afecto, do amor [sentimento e acto], da
amizade, da palavra, do ego ‘massajado’, da atenção, da partilha, da
transparência, da seriedade, da frontalidade… por isso, se me virem por aí
moribundo, não chamem o médico, nem me recomendem curativos. Percebam que sou
assim sem qualquer película artificial a escamotear a minha verdade, sem
qualquer máscara a pretender fazer carnaval nos meus dias [talvez por isso não
gosto do Carnaval]. Quando o meu estado recuperar, sei que o consegui pelo meu
pulso e com a ajuda dos que me facultaram algum dos ‘produtos’ de que sou
dependente. CONFESSO que sou!
2 comentários:
Ainda no outro dia eu comentava com uma colega: "gostava que houvesse mais transparência nas pessoas"
Às vezes sinto-me só, não porque não esteja acompanhada, mas sim porque sinto-me incompreendida.
O que conta, na maior parte das vezes, não é o que se mostra, mas sim o que se sente.
Por isso, não...não estás sózinho!
também tenho destas dependências!
abraço
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