domingo, 25 de julho de 2010

Os corpos no singular


Os corpos passeiam nus
pela casa,
pelas horas,
pelo tacto das mãos que os tocam,
pelo segredo dos olhares que os captam.
Um sorriso sussurra-lhes desejo
e o desejo sorri-lhes.
E quando o amor se deita
nos lençóis que os cobre,
vestem-se um no outro
e despindo o plural
fazem-se, em entrega, singular.

3 comentários:

Azul disse...

Este é demasiado intimo para ser comentado por uma estranha.

Parabéns para si a para a sua inspiração.

SKIZO disse...

Sublime
boas
criações

AnaMar (pseudónimo) disse...

L
i
n
d
o
.