Uma calçada para subir com o fulgor da paixão e descer com a convicção de regressar. Um espelho de momentos de contemplação, em que sentado num degrau observo, ouço e sinto privilégios que me sejam concedidos. Um lugar de recato onde semear divagações será a forma de descobrir novos caminhos.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Palavras Mágicas II
Tinha-as debaixo da pele, sob aquela camada com que se protegia para recusar os sentimentos e mostrar aos outros que não era ‘fraco’. Tinha-as escondidas, esquecidas, apagadas por aquele manto com que se cobria para recusar admitir que a emoção pode falar, ele que asseverava ser a razão o caminho único. Até que numa noite, um beijo, igual a tantos outros que trocara, teve um sabor diferente, estranho no princípio, saborosamente diferente sempre que, depois, o quis lembrar. E sem que o percebesse, em cada vez que o recuperou, foi-se despindo e elas, as palavras, acordaram e saíram pelos poros mais ensebados de protecção. Espreguiçaram-se e mostraram que os livros escrevem-se com sentimento e emoção. Os números são a razão. As palavras a magia…
Palavras Mágicas foi um desafio da Mafalda Branco que aceitei com muito prazer.
Transcrevo para a Calçada algumas dessas palavras que fui estimulado a deixar por lá.
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