Quero ler-te devagar
sem acender as luzes que acordarão a madrugada
letra por letra
para que os dias se tornem intermináveis;
sem acender as luzes que acordarão a madrugada
letra por letra
para que os dias se tornem intermináveis;
Quero ler-te devagar
como sangue que escorre sem saber que irá secar
palavra por palavra
para que o amanhã não se esqueça de nós;
como sangue que escorre sem saber que irá secar
palavra por palavra
para que o amanhã não se esqueça de nós;
Quero ler-te devagar
sem antecipar as luas que chamarão as marés
linha por linha
para que os olhos não se cansem do teu sorrir;
sem antecipar as luas que chamarão as marés
linha por linha
para que os olhos não se cansem do teu sorrir;
Quero ler-te devagar
sem sobrepor as estrelas que indiciam novas noites
página por página
para que a vida se abra em renovados capítulos onde me escrever.
sem sobrepor as estrelas que indiciam novas noites
página por página
para que a vida se abra em renovados capítulos onde me escrever.
7 comentários:
Retalhos da vida de um poeta:
"Quero ler-te devagar
sem antecipar as luas que chamarão as marés"
:)
porque devagar se saboreia melhor.
belo poema.
beij
todos os dias por aqui há um suspiro.
isso já é um vício:
suspirar nessa calçada
vivenciar teus sentimentos
sem pressas nem sobressaltos...
Quero ler-te
Mas não sei ler
Como tu queres
Devagar
Posso ler?
Como sei?
POsso sentir?
Como amei?
Com pressa
Com sofreguidão
Cada minuto
Na escuridão
Se leio?
Não sei
Apenas sinto
Não sei o quê
Respiro?
Talvez
Para quê respirar
Se não leio devagar
Agora sim,
Consigo ler
Devagar
Mas para que?
Se não entendo
Devagar?
Posso ler rápido?
Deixas?
Não?
Então não posso ler
E se todos foram como eu
Ninguem vai ler?
Mas não são todos como eu
Porque eu, sou eu
Sou eu porque sou
e sou
E não posso ler
Se ler não posso
Devagar
Então nada faço
Sento-me
Posso?
Aqui?
Preferes lá atrás?
Pronto
Sento-me
Lá atrás
Mas não consigo. na mesma, ler devagar.
simplesmente sentir entre palavras -
ambém eu quero ler-te
d
e
v
a
g
a
r.
E vou começar pelo píncípio.
Pelo tempo em que os passos eram de água e os paços construídos a compasso.
Vou começar pelo princípio.
Sei que me encontrarei nas tuas palvras.
E de tão perdida que me faço, construirei, quem sabe, o eu disperso , também pelas pedras das calçadas calcorreadas no tempo em que as palvras se atropelavam para ver quais as que chegavam primeiro aos nossos olhos. Cegos, por vezes, de tanto amor.
Um beijo de saudade.
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