sexta-feira, 2 de abril de 2010

Na vertigem dos dedos


© SpeJa



Gosto das manhãs em que a caneta pega nos meus dedos e me leva pelas linhas vazias duma página, conduzindo-me por uma estrada de ficção onde espelho trechos da alma. Por curvas sinuosas, onde as palavras sangram com o tremor das folhas arrancadas, pelo vento, ao âmago das ramadas. Transporta-me correndo vertiginosa por rectas planas com a sofreguidão infantil de tentar conseguir. Lança-me em sorrisos, por rampas virtuais, com a pretensão de voar e, num olhar rasante, seduzir o peito que provoca as palavras. Gosto de pegar na caneta, pelas manhãs, e saber que o coração me pulsa nos dedos.

2 comentários:

Ana disse...

Essas manhãs em que o coração te pulsa nos dedos, são o início do grande dia da tua poesia !
Que a caneta nunca te abandone!

Um beijo, Caminheiro, e boa Páscoa *

sonja valentina disse...

"abençoados" esse dias. obrigada por eles!!