© SpeJa
Gosto das manhãs em que a caneta pega nos meus dedos e me
leva pelas linhas vazias duma página, conduzindo-me por uma estrada de ficção
onde espelho trechos da alma. Por curvas sinuosas, onde as palavras sangram com
o tremor das folhas arrancadas, pelo vento, ao âmago das ramadas. Transporta-me
correndo vertiginosa por rectas planas com a sofreguidão infantil de tentar
conseguir. Lança-me em sorrisos, por rampas virtuais, com a pretensão de voar
e, num olhar rasante, seduzir o peito que provoca as palavras. Gosto de pegar
na caneta, pelas manhãs, e saber que o coração me pulsa nos dedos.
2 comentários:
Essas manhãs em que o coração te pulsa nos dedos, são o início do grande dia da tua poesia !
Que a caneta nunca te abandone!
Um beijo, Caminheiro, e boa Páscoa *
"abençoados" esse dias. obrigada por eles!!
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