Desfraldo meu peito
ao vento
confiante de ver chegar
a maré onde és fragata,
feérica em fragrâncias de paixão,
arremessada contra o cais
em sulcos penetrando no meu olhar.
confiante de ver chegar
a maré onde és fragata,
feérica em fragrâncias de paixão,
arremessada contra o cais
em sulcos penetrando no meu olhar.
És mulher com asas
de gaivota
ou ave com perfume feminino.
Embriago-me antes de te beber
sorvendo memórias acordadas,
mordidas pela fome sem saliva
nos lábios ciosos de te beijar.
ou ave com perfume feminino.
Embriago-me antes de te beber
sorvendo memórias acordadas,
mordidas pela fome sem saliva
nos lábios ciosos de te beijar.
Nas mãos
abrem-se-me desertos
outrora florestas apertadas,
desbravadas por dedos bailarinos,
navegantes de segredos embarcados
em presídios de línguas enroladas
na minha boca pela tua fechada.
outrora florestas apertadas,
desbravadas por dedos bailarinos,
navegantes de segredos embarcados
em presídios de línguas enroladas
na minha boca pela tua fechada.
Aquieto-me nesta
hora infinita
prospectando tua voz no horizonte,
antecipo códigos ocultos nos peitos
a saciar num ansiado abraço
extinguindo o paladar agridoce
desta manhã nascida na saudade.
prospectando tua voz no horizonte,
antecipo códigos ocultos nos peitos
a saciar num ansiado abraço
extinguindo o paladar agridoce
desta manhã nascida na saudade.
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