Desaperto-te
a tarde,
ou será tarde quando te desaperto
o fecho que te corre nas costas,
mas não tem costas o rio que escorre
na palma das minhas mãos cegas
pelo desejo que nos teus lábios deixo
e bebo no fulgor ardente de teu beijo.
Aperto-te num abraço
de braços com que te desprendes
e prendes-me na nudez do silêncio
que vestes no caminho dos gritos
seguros no êxtase com que mordes
o torpor engolido em cada fenda desvendada
nos contornos do ventre em que me possuis.
ou será tarde quando te desaperto
o fecho que te corre nas costas,
mas não tem costas o rio que escorre
na palma das minhas mãos cegas
pelo desejo que nos teus lábios deixo
e bebo no fulgor ardente de teu beijo.
Aperto-te num abraço
de braços com que te desprendes
e prendes-me na nudez do silêncio
que vestes no caminho dos gritos
seguros no êxtase com que mordes
o torpor engolido em cada fenda desvendada
nos contornos do ventre em que me possuis.
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