sábado, 26 de junho de 2010

... pela tua alma


Cruzo as ruas da tua alma,
como se precisasse confirmar
as águas que em mim tatuaste.
Procuro-me no cheiro,
nas luzes, nas ondas e nos cânticos,
das pildras onde te descansas
e a que prendes o negalho do teu voo.
Num desvario inalante,
encontro-me nos teus gritos
e leio-me nos segredos que não clamas,
ouço-me nos poetas que cantas
e confirmo serem minhas
as sombras com que me cruzo.
Deixo-me em gotas que não verás
e secarão na praça desta espera
feita esperança de alquebrar
o gradeado da tua alma…

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