Há dias em que o Mundo
aparta a distância intocável e ficam mais afastados os olhares que não se vêem.
Espreitas o tempo como quem chega à janela para saber notícias desse Mundo correndo
na perpetuidade dum movimento que as tuas mãos não seguram. Fogem-me os
caminhos desse olhar que me guia, nos percursos dum mundo que me ofereceste. Estilhaça-se
a transparência da certeza em voos picados cujo itinerário não alcanço. Seguras-te
a um pilar que só a ti pertence e ficam mais ausentes os meus dedos, dessa
janela do teu peito onde ontem desenhara vitrais da minha felicidade.
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