sexta-feira, 12 de março de 2010

Tarda a Primavera


Tarda a Primavera, meu amor…

Florescem espaços
                 nas mãos vazias à espera dos teus dedos,
Brotam, na minha,
                 beijos para a tua boca beber,
Rasgam-se planícies
                 no meu olhar que o teu procura,
Correm rios de carecimento
                 na direcção dos teus braços afluentes,
Amadurecem as palavras
                 por desabrochar no teu poema,
Constroem-se sonhados
                 os voos em busca de ninhos por inventar…

Tarda a Primavera, meu amor…

E os corpos anseiam pelo Verão,
                onde arder…

1 comentário:

Anónimo disse...

Confesso que me fixei no título de tão farta que estou no inverno...