Muitas partidas implicam perdas. E se as há fruto de
decisões assumidas, outras são-nos incontroláveis. Doem mais as inesperadas ou
mesmo as que ainda saibamos irem um dia acontecer, se tornam irrevogáveis. Consequência
de algumas delas, a saudade abraça-nos na falta. Guardam-se memórias,
encetam-se regressos nunca iguais porque algo mais não é do que lembrança.
Porque há partidas que não nos oferecem possibilidade de discussão, que não
conseguimos evitar, cabe-nos evitar outras sobre as quais temos domínio. Talvez
nessa permanência consigamos, nunca a substituição, nunca a compensação, tão só
o conforto de poder evocar o que conservamos perante um olhar invisível, mas
que sentimos presente, de gratidão por nos perceber[mos] felizes.
1 comentário:
coragem de não ter medo de ser feliz, sem fantasmas nem receios de ontem ou do amanhã.
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